terça-feira, 13 de setembro de 2011

Conto de Literatura e História .....

Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza

Nomes: Amanda, Paula e Saraéli

Turma: 3102

Disciplinas: História e Literatura

Professores: Laurinha Schimit e Jonathan



A REBELIÃO

Caxias do Sul, 13 de Setembro de 2011








A REBELIÃO

Há muito tempo atrás, no século XVII milhares de negros eram transportados diariamente do seu país de origem, a áfrica, para “trabalhar” nas terras do Brasil colonial. Esses negros viravam escravos. Eles vinham para cá em navios, mais conhecidos como navios negreiros.

As condições eram precárias nem animais viveriam daquela maneira.

Tudo começava quando capatazes a mando de senhores iam até as aldeias africanas e compravam os prisioneiros de outras guerras perdidas.

Nessas aldeias ficavam todos separados: homens de um lado, mulheres de outro, para que não houvesse nenhum tipo de relacionamento. Mas houve uma exceção: Rita e Josué.

A paixão dos dois era amor a primeira vista. Esse amor iniciou quando os dois foram levados para as aldeias:foi apenas uma troca de olhar mas que marcou ambas as mentes.a esperança era de se reverem mas os capatazes não permitiam.

Eles não sabiam seus nomes e nada um do outro só sabiam da cor dos seus olhos, o que era uma maneira impossível de achar um do outro.

Os dias foram passando, os europeus foram à áfrica negociaram e escolheram os futuros escravos. Chegada o dia da partida os capatazes pegaram os prisioneiros pelo braço e jogaram no porão de navio,junto aos demais que já estavam lá.

Eles não sabiam o que fazer, nem para onde estavam indo. Estavam todos em pânico com vontade de fugir. Estavam todos apavorados, era uma enlouquecida multidão. Ninguém entendia o que os outros diziam, era uma mistura de idiomas.

No navio foi onde puderam se unir, pois ficavam todos misturados. Ao serem jogados os dois viram que estavam um ao lado do outro e reconheceram os olhares.

A partir daí eles passaram a conviver juntos, se conheceram e iniciaram o namoro. Um namoro que eles não sabiam quanto tempo iria durar e nem se estavam indo para o mesmo lugar. O amor que unia os dois era um amor verdadeiro que fazia até com que eles se sentissem bem, mesmo estando nos porões dos navios.

Tudo corria bem na relação dos dois, até que apareceu clemente. Uma figura de porte horrível com cara de monstro, barba mal feita, cabelos compridos. Um capataz muito malvado e aproveitador das pobres escravas, o que não foi diferente com Rita.

Ele conheceu Rita na hora do ‘’almoço’’. E não a perdeu mais de vista. Quando Rita ficou sozinha clemente a seguiu e atacou-a.

Ele olhou Rita da cabeça aos pés, dos pés subiu novamente para a cabeça. Em seguida, passou a mão em todo o corpo dela. Ele pegou Rita pelo braço e falou:

-se gritar eu te mato! Você me pertence agora.

Rita tentou fugir, mas clemente a empurrou contra uma parede derrubando ela no chão. Em seguida clemente agarrou-a, rasgou todo o seu simples e remendado vestido e ali mesmo a estuprou. Rita queria gritar, correr, sair dali encontrar Josué e voltar para casa. Mas ela não tinha escolha. Quando o capataz a deixou sozinha, ela começou chorar.

Rita se sentia humilhada, queria se livrar das terríveis memórias que não queriam abandonar sua mente, mas sabia que tinha que conviver com aquilo, pois agora ela era uma escrava.

Os dias foram se passando, clemente atacava Rita várias vezes ao dia e ela não podia gritar e nem fugir. Além disso, Rita estava cada vez mais fraca por causa da alimentação horrível do navio e havia pego uma doença por causa das fezes que estavam por todo o canto.

Esses fatores fizeram que o falecimento de Rita fosse precoce. Josué ficou inconsolável e chegou à conclusão que tudo era culpa da porcaria da escravidão.

Se não fosse a escravidão Rita estaria viva, eles casariam e teriam filhos. Filhos que seriam livres. Josué não admitiu a morte da amada e resolveu se vingar numa rebelião, nunca vista.

Ele conseguiu achar alguns amigos seus dentro do navio. Reuniram-se todos e planejaram uma vingança: seria na noite seguinte, pois clemente estaria vigiando sozinho o porão.

Chegou à grande noite. Os escravos atacaram clemente que se achava muito poderoso. Os outros escravos cercaram Josué e clemente e aos poucos foram se juntando, pois viam que clemente estava quase morto.

-seu covarde!Pensou que minha pobre mulher seria seu território de prazer, pois aqui estou para me vingar de você, covarde imundo!

E continuou:

-por sua culpa e dos seus senhores, nós nunca seremos livres.

Depois dessas palavras Josué deu o último golpe que acabou matando clemente. Cortaram o corpo dele em pedaços e queimaram para ter certeza que ele não ressuscitaria.

Os escravos dominaram o navio e voltaram para a áfrica. Josué achou impossível continuar a vida sem Rita e se jogou em alto mar.

FIM!